FIGHTING DOG AKITAS

HISTÓRIA

A Raça Akita é e de origem milenar, muito querida e respeitada em seu país de origem – Japão, onde é considerada a raça mais importante lá desenvolvida. A sua dignidade, inteligência, lealdade, grandeza, calma e audácia o coloca como um verdadeiro mito. O Akita é o maior dos seis cachorros de tipo spitz japoneses. Se comenta que a apresentação de cachorros aos japoneses se deu na época em que o Japão e a Europa ainda não estavam separados pelo mar do Japão. Foram achados ossos de cachorros em sepulcros da era da Jamon, que eram menores que os atuais. Mais tarde, na era de Yayoi, na Idade do Bronze (de 200 AC até 300 DC) foram achados mais ossos, só que em menor quantidade, todavia, desenhos e artefatos encontrados em louça e barro eram de animais com orelhas eretas e caudas enroladas, muito parecidos com os cachorros Akita japoneses da atualidade, comprovando que a raça Akita descende daqueles antigos cães japoneses. No século VIII, na região de Odate, havia um cão de caça (ursos e javalis) chamado Matagi Inu (inu = cachorro em japonês). Algum tempo depois, em decorrência de guerras internas, bem como pela invasão da cidade de Odate, passou a ser usado como guarda das propriedades. No início a raça era utilizada para caça de ursos nas montanhas no norte do Japão, o que exigia um cão com resistência, poderoso, grande e com visão acurada e bom faro, iniciando a mestição daqueles cães antigos. Mais tarde, durante a época de Tokugawa houve um aumento da importação pelo Japão, de cães europeus, sendo que a utilização de armas foi proibida pelo governo da época, o que norteou o início da briga de cachorros, como forma de preservar o espírito lutador dos samurais. Entretanto, naquela época não se via necessidade de distingui-los, visto que a criação não visava um fim específico, sendo que a individualização das raças só veio a ocorrer mais tarde. Como se vê, com base em restos de esqueletos encontrados no norte do Japão, parece que a história da raça Akita começou há mais de três milênios, porém, a sua existência ficou comprovada apenas a partir do período Edo, que foi de 1616 a 1868. O Akita tem sua origem no Japão, com o exílio de um nobre para a região de Akita, na província de Honshu, no século XVII que por gostar muito de cães, estimulou a criação local com acasalamentos seletivos. Em 1700 o general Tsunayoshi, que gostava da raça Akita, editou uma lei proibindo que o cão fosse morto ou ferido sob pena de prisão ou até mesmo morte do infrator. Nesta época as raças japonesas começaram a ser reconhecidas e identificadas. Por volta de 1.800, com o crescimento da população, aqueles cães passaram a ser usados como guardas. Em 1.868 houve uma revolução no Japão, dando origem à era Meiji, que pôs fim ao isolamento internacional daquele país, onde era impedida a saída e entrada de pessoas, bem como importação e exportação de mercadorias, de modo que inexistia entrada de cães de outros países. Com o início desta nova era, as brigas de cães se tornaram ainda mais populares, onde se destacavam os da raça Akita e, com menor fama, os da raça Tosa, todavia, este último passou a ser acasalada com cães mais pesados, conquistando maior sucesso e, portanto, maior popularidade nas rinhas. Por ocasião do término do século XIX, os japoneses cruzaram o Akita com o cachorro lutador da raça Tosa, bem como com exemplares de outras raças, tais como o Pastor Alemão, o São Bernardo e o Mastiff, objetivando o aumento do tamanho da raça, potência de mordedura, bem como a força para lutar, passando a degenerar-se. Posteriormente, por ocasião da transição da era Meiji para a era de Taisho, os cachorros do Japão foram classificados em duas categorias, a do tipo japonês, bastante grande, com orelhas eretas e rabo enrolado, e um outro tipo mais próximo das raças européias misturadas, usado em briga de cachorros. No final do século XIX, o Akita deixou de ser um privilégio dos samurais, popularizando-se. Só em 1910 foram proibidas as lutas de cães, porém, criou-se impostos sobre eles. Para preservação da raça com os caracteres antigos, iniciou-se um movimento, ao ponto de que, em 1915, a opinião pública tornou-se favorável a isso, até que em 1919, graças ao trabalho de Shozaburo Watase, legislou-se para a preservação da espécie. A raça Akita era restrita à realeza e à aristocracia governante. Em 1920 ele foi à Odate inspecionar Akitas, todavia, encontrou vários tipos diferentes, não conseguindo dizer qual seria o modelo como monumento nacional. Esse assunto foi sendo discutido, até que em 1927 estabeleceu-se o Akita-Inu Hozonkai que contribuiu para preservação da raça, sendo que apenas em 1931 o Akita foi reconhecido pela primeira vez como uma raça de cachorro japonesa. Por volta de 1930 as autoridades japonesas adotaram providências para proteger algumas espécies de animais, onde se incluíam os cães, especialmente da raça Akita. Nesta ocasião, o nobre Ichinoseki dedicou-se ao início de recuperação do tipo originário, com um trabalho sério de seleção, proibindo-se a sua exportação. Em 1934 foi criada a associação de preservação da raça Akita, denominada Akiho, na cidade de Odapuwa, na província de Akita, que estabeleceu o padrão da raça do Japan Kennel Club. A sua evolução ia muito bem, até que adveio a segunda guerra, onde alguns cachorros do Japão, da raça pastor alemão, foram alistados para uso militar e, os de outras raças, sacrificados pelo alto custo de manutenção, sob pena dos proprietários seriam penalizados como traidores e marcados com ferro. Durante o período de escassez decorrente da guerra, foi aproveitada a carne e até mesmo a pele (fonte de couro) de cachorros, todavia, algumas poucas pessoas mantiveram alguns exemplares da raça Akita escondidos, mas passando por grande dificuldades para mantê-los, não só durante como no período pós guerra. De fato, o cachorro deixou de ser carnívoro, passando a ser alimentado com pasta de samambaia, sopa de batata, daikon (rabanete japonês), diminuindo, assim, o seu poder reprodutivo, havendo fracasso na sobrevivência de filhotes, devido a desnutrição, porém, felizmente alguns destes cães conseguiram sobreviver. Na ocasião, um criador chamado Ito acasalou Akitas com Pastores Alemães, originando características atípicas, tais como máscara negra, orelha grande e em pé, muitos longos, vendendo vários filhotes para soldados americanos. Todavia, por ocasião da 2ª guerra, Ichinoseki escondeu bons exemplares que auxiliaram na recuperação da raça. A partir daí, houve um grande trabalho visando a sua recuperação, com resultados visíveis já a partir de 1960. Indubitavelmente o Akita sofreu uma transição muito grande para chegar ao tipo atual, com as características dos cães da antiguidade, todavia, isso não significa que o trabalho tenha se findado. De fato, os criadores japoneses continuam trabalhando sério para melhoria da raça, que, a exemplo de outras, não está livre de problemas tais como tórax estreito, pelagem muito longa ou muito curta, falta de dentes, língua manchada, forma dos olhos defeituosa, ausência de testículo e de temperamento violento ou medroso. Hoje, os criadores japoneses continuam se esforçando para melhorar o Akita, realizando exposições de âmbito nacional, bem como conferências para estudo do desenvolvimento da raça Akita.

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Brasil

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